Vou escrever um post e não sei quê.

Depois de tantos anos na ribalta, chavões da malta jovem como "FIXE", "YA MEU" e outros foram esquecidos. E ainda bem.

Há uns tempos esteve na moda começar as frases, qualquer frase, com "É ASSIM:". Bolas, era aflitivo, não se conseguia ter uma conversa sem ouvir o típico "É ASSIM:". Era obrigatório cravar esta triste expressão, mesmo em situações em que as pessoas não queriam resumir nada (quase todas) como por exemplo:

-Onde vamos jantar esta noite?

-É assim: eu acho que deviamos ir ao Pato. (vulgo McDonald's)

Infelizmente ainda de ouve muito o típico "É ASSIM:", em especial nas pessoas que têm de dar opinião acerca de tudo, mas assim que começam a falar se percebe imediatamente que mais valia estarem caladas.

O não menos famoso "TIPO" ainda ocupa um lugar de destaque na falatório da malta.

-Tipo, estavamos lá a ver o filme e de repente, tipo, tás ver aparece uma mota daquelas, tipo, muito rápidas e rebenta ali, tipo, sem se estar à espera, tipo, tás a ver?

(Quem viu a série Paraíso Filmes, com o António Feio, lembra-se perfeitamente com o "TIPO" começou a ser usado)

Não sei qual a razão mas o que é certo é que o chavão mais usado nos dias de hoje nas conversas da malta (sim, mesmo nos que têm a mania que são importantes) é o "... E NÃO SEI QUÊ".

Da próxima vez que estiverem num grupo de pessoas à conversa, reparem bem na quantidade desmedida que se ouve a expressão "... E NÃO SEI QUÊ". Seja em descrições, seja em diálogos seja em que conversa for, o que é certo é que vão ouvir "... E NÃO SEI QUÊ" vezes sem conta.

Daqui a pouco escrevo acerca da linguaguem usada nos Morangos e também por aquela malta que veste roupa 4 tamanhos acima, besuntam paredes (as dos outros), falam por cima de batida, usam correntes ao pescoço, etc, vulgo hiphop, mas antes vou ali tomar um VALIUM para não partir o portátil.